Oxumaré era um rapaz muito bonito e invejado, suas
roupas tinhas todas as cores do arco-íris e suas jóias de ouro e bronze
faiscavam de longe. Todos queriam aproximar-se de Oxumaré, mulheres e homens,
todos queriam seduzi-lo e com ele se casar.
Mas Oxumaré era também muito contido e solitário,
preferia andar sozinho pela abóbada celeste, onde todos costumavam vê-lo em dia
de chuva.
Certa vez Xangô viu Oxumaré passar, com todas as
cores de seu traje e todo brilho de seus metais, Xangô conhecia a fama de Oxumaré
de não deixar ninguém dele se aproximar, preparou então uma armadilha para
capturar o Arco-Íris. Mandou chamá-lo para uma audiência em seu palácio e,
quando Oxumaré entrou na sala do trono, os soldados de Xangô fecharam as portas
e janelas, aprisionando Oxumaré junto com Xangô.
Oxumaré ficou desesperado e tentou fugir, mas todas
as saídas estavam trancadas pelo lado de fora. Xangô tentava tomar Oxumaré nos
braços e Oxumaré escapava, correndo de um canto para outro. Não vendo como se
livrar, Oxumaré pediu ajuda a Olorum e ele ouviu sua súplica.
No momento em que Xangô imobilizava Oxumaré, ele
foi transformado numa cobra, que Xangô largou com nojo e medo. A cobra deslizou
pelo chão em movimentos rápidos e sinuosos. Havia uma pequena fresta entre a
porta e o chão da sala e foi por ali que escapou Oxumaré.
Assim livrou-se Oxumaré do assédio de Xangô, quando
Oxumaré e Xangô foram feitos orixás, Oxumaré foi encarregado de levar água da
Terra para o palácio de Xangô no Orum, mas Xangô não pode nunca aproximar-se de
Oxumaré.
Abraços
Alda
da Oxum
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