Por Rubens Sarraceni
Dia
de Nanã- Orixá da sabedoria da calma e evolução é considerada a mais velha,
como uma avó.
Elemento
água e terra, ponto de força nos lagos.
Sincretismo
com Santa Ana (Mãe de Maria – Avó de Jesus)
NANÃ-BURUQUÊ (Trono
Feminino da Evolução)
A
orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o
racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para
uma nova “vida”, já mais equilibrada.
A
orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra
e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o
emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando
até a terem suas evoluções paralisadas.
E
assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus
vícios e desequilíbrios mentais.
Nanã
forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução.
E
enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação),
ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá
encarnar.
Saibam
que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto
Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”.
Obaluaiyê
absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também
absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura
à sua irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”.
Já
Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a
irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após
fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.
Estes
dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de
forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres.
Enquanto
Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em
uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o
tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .
Este
mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já
está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por
nosso amado pai Obaluaiyê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para
outro.
Já
nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação
única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua
memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada
do que já vivenciou.
É
por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa
começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto,
um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres.
E,
se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para
que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em
outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa.
No
inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está
Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a
sexualidade quanto a geração de filhos.
Nas
“linhas da vida”, encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das
energias.
E
cada um rege uma etapa da vida dos seres. Logo, quem quiser ser categórico
sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos
se mostra, outros estão ocultos.
E
o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida.
Saibam
que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze
orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra” …
Nanã
é passiva e atrai todos os seres que não estão aptos a alcançar os estágios
superiores.
Ela
recolhe, esgota suas doenças (vícios) e no barro do fundo de seu lago os
assenta e os imobiliza até que decantem suas impurezas (emoções e sentimentos
viciados) quando então estarão maleáveis como o barro (lodo) e prontos para
serem recolhidos por Obaluaiyê que os remodelará e numa nova forma (encarnação)
crescerão novamente.
Simbolicamente
representamos Nanã com a meia-lua, ou lua minguante pois é também a forma de
uma bacia ou lago onde os seres pesados afundarão e decantarão em seu fundo.
Oferenda à mãe Nanã: Velas brancas, roxas e
rosa; champanhe rose, calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e
melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.
Oração a Santa Ana (Sant’Ana),
mãe de Nossa Senhora
Em
26 de julho celebra-se a festa de Santa Ana e São Joaquim, tradicionalmente
conhecidos como pais de Nossa Senhora. Em decorrência da festa religiosa, celebra-se
também o Dia dos Avós. Sant’ana é mais conhecida e sua devoção mais divulgada.
Padroeira dos avós, sua imagem, ao longo dos anos, a representa em atitude de
ensinar Maria a ler. Por isso, tornou-se também padroeira dos estudantes e da
promoção da leitura.
Oração
(Fonte: SANTOS, José Carlos. Quando quero falar com Deus: orações para o
dia-a-dia. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 264)
Senhor,
Deus de nossos pais, que concedestes a santa Ana a graça de dar a vida à mãe de
vosso filho Jesus, olhais por todas as famílias que lutam para sobreviver e que
se encontram em grandes dificuldades de relacionamento. Que os lares
sejam lugares abençoados e plenos de acolhimento e de compreensão.
Santa
Ana, nossa padroeira, olhai para as crianças, acompanhai os adolescentes e
jovens, amparai os idosos e doentes de nossa sociedade.
Que todas as pessoas possam contar sempre com as bênçãos de vossa proteção. Santa Ana, eu ainda vos peço (fazer o pedido); neste dia dai-me a graça que tanto necessito.
Que todas as pessoas possam contar sempre com as bênçãos de vossa proteção. Santa Ana, eu ainda vos peço (fazer o pedido); neste dia dai-me a graça que tanto necessito.
Santa
Ana, rogai por nós! Amém!
Axé sempre em seus Caminhos !!!
Abraços!!
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