No
Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da
criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exato entre a
consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá
expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do
candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.
A palavra
Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a
expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com
criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do
orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
Durante o
ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que
muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
O Erê às
vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá,
pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período
de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí
chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de
“Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo
carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko,
ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas
chamado Apanan.
A confusão
entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé
e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a chegada
do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na
verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o fato conhecido e
recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também
natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos
diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não
conseguem diferenciar.
Na Umbanda,
Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter
infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a
brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer
confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que
desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última
encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces.
Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de
caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como
mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente,
são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de
Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras,
como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes
de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes,
normalmente guaraná e frutas.
#Erê #Candomblé #Umbanda #Ibejada #SalveAsCrianças #Setembro
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Obrigada pela visita e Volte sempre!!
Axé sempre em seus Caminhos !!!
Abraços!!
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